Está disponível na Base Minerva a tese: “Dem-cidades” dos comuns: estruturação e fragmentação urbana em cidades médias latino- americana: comparativo de Chillán, Manizales e Juiz de Fora. A obra é do aluno Juan Guillermo Villegas Alzate, Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da UFRJ.
Sobre a tese:
“Esta pesquisa é uma análise comparativa histórico-geográfica das formas da urbanização em cidades médias da América Latina. Chillán (Chile), Manizales (Colômbia) e Juiz de Fora (Brasil) se comparam em três categorias teóricas: o modelo estrutural de urbanização, a fragmentação como modelo de (sub)urbanização e o
papel dos (bens) comuns urbanos em um modelo alternativo de “dem-cidades”. Justificam a pesquisa o aumento da população urbana e a ampla participação das cidades médias no total; a persistência de desigualdades; as mudanças políticas, econômicas e nos padrões de urbanização; a exposição à globalização e às políticas neoliberais; e o atual modelo expansivo e excludente por regra comercial. O objetivo é analisar os estágios de urbanização, com ênfase no estágio recente; pontualmente, se busca caracterizar o modelo atual, estudar a urbanização de forma qualitativa e
quantitativa, identificar cenários de fragmentação urbana e refletir sobre os instrumentos idôneos para um novo modelo. Houve três momentos metodológicos: a) caracterização, apanhado histórico-geográfico e mapeamento da evolução urbana; b) comparação, experimentação e análise estatística de indicadores de área, população e socioeconômicos; e c) interpretação, análises multivariadas, classificação e síntese conceitual. Se observou que o padrão de crescimento foi centrífugo em Chillán, linear em Manizales e misto em Juiz de Fora; mas a tendência geral é a configuração tentacular nos interstícios da ruralidade, onde emergem enclaves fortificados. O consumo de solo é maior em Chillán e Juiz de Fora, onde a disponibilidade é alta. Contudo, nas três cidades a densidade diminui e pequenos aumentos da população representam grandes incrementos da área urbanizada. Há redefinição do papel do Estado, expressa em padrões, regulares e irregulares, de dispersão, verticalização, descontinuidade, isolamento e compartimentação. Em Chillán há um vínculo entre
fragmentação e alto status socioeconômico; Manizales, a mais compacta, tem indícios de urbanização mais acelerada, rápida perda de densidade e maior consumo de solo nas faixas de alto status; e Juiz de Fora exibiu um padrão híbrido de verticalização de
status alto e dispersão sem-fim, devido a baixos valores da terra periurbana. A busca teórico-metodológica sugere ao planejamento urbano transitar para um modelo de “dem-cidades”, denso, mas democrático; baseado em critérios de densidade espacial,
heterogeneidade funcional e regulação normativa.”
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