Está disponível na base Minerva a dissertação “Da desterritorialização à luta pela reterritorialização: a insegurança fundiária na reserva ecológica da Juatinga (Paraty/RJ) e a (re)construção do território caiçara”. A obra é da aluna Gabriela Porto da Luz Chianello, mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRJ.
Sobre a dissertação:
“Esta dissertação de mestrado se propõe a investigar as políticas públicas ambientais no Brasil e a sua respectiva instrumentalização em territórios originários e tradicionais. Utilizando como estudo de caso as comunidades caiçaras da Península da Juatinga, situada em Paraty/RJ, analisamos as insuficiências e as contradições legais no que tange a proteção de povos e comunidades tradicionais que, com exceção dos indígenas e dos quilombolas, não possuem áreas de proteção diferenciadas e específicas e, muitas vezes, possuem seus territórios sobrepostos por unidades de conservação, que restringem o uso dos recursos naturais, o modo de ser e fazer e a reprodução cultural destes grupos, resultando em um processo de desterritorialização caracterizado pela injustiça ambiental. Tal área de estudo foi
escolhida não só devido a sua relevância na história de conservação ambiental do Rio de Janeiro, constituindo o último fragmento litorâneo de áreas contínuas de Mata Atlântica do estado, mas também, pela complexidade das relações sócio-espaciais estabelecidas na região
mais isolada do município de Paraty e, ao mesmo tempo, tão próxima das duas maiores metrópoles nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro), conectadas pela BR-101, que tanto afetam na dinâmica destas comunidades. Para cumprir com os objetivos do estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais acompanhadas de trabalhos de campo, de entrevistas informais e formais semi estruturadas com comunitários, de oficinas de formação e de construção coletiva com lideranças e representantes da Coordenação Nacional de
Comunidades Tradicionais Caiçaras e do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba.”
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